Sargento apresenta sugestões para
melhorar desempenho da atividade policial na PB
Astronadc
Pereira, conhecido popularmente como sargento Pereira, participou quarta-feira
(8), às 14h30,
da Assembléia Geral das entidades da Polícia Militar da Paraíba - Caixa Beneficente,
Clube dos Oficiais, Sub-Tenentes, Sargentos e Associação de Esposas e Mães - que
discutiu o reajuste salarial dos policiais militares e a paridade entre ativos,
inativos e pensionistas.
A reunião aconteceu na sede administrativa da Caixa Beneficente,
localizada na rua das Trincheiras, centro de João Pessoa. Na oportunidade, Astronadc
Pereira defendeu a unidade dentro dos quarteis e das estruturas da segurança
pública em torno de um projeto consolidado, que vise a melhoria da qualidade de
vida dos policiais e a segurança da sociedade.
Para Astronadc, a policia deveria ouvir as vozes que ecoaram nas ruas, participar
e não reprimir os movimentos sociais e a população que clama por saúde,
segurança, mobilidade urbana, passe livre, contra a corrupção a violência. "Os
policiais são cidadãos e não podem deixar de debater estes e outros temas como
reforma política e reforma no sistema policial", enfatizou.
Segundo Pereira, de Getulio Vargas até a época de hoje os governos
impediram que os militares se envolvessem com os movimentos populares, com a
formação política e a militância pela democracia, "o que levou os
policiais a desaprenderam como se organizar e lutar por direitos".
"É nesse sentido que as entidades representativas da PM e os
policiais precisam se unir às organizações de classe da Polícia Civil, dos
Agentes Penitenciários, dos Guardas Municipais, de todos os profissionais de
segurança pública para "promovermos uma grande mobilização Estadual e prol
desses direitos", completou.
Sem se render ao corporativismo, o sargento não fugiu do assunto
envolvendo violência policial ao afirmar que essa prática precisa ser expurgada
das polícias. Também deixou claro que a formação recebida pelos profissionais humilha
e coloca o policial em risco ao enfrentar as demandas de segurança pública.
Astronadc Pereira também fez um breve análise dos gestores paraibanos.
"Os governos de Maranhão colocaram tanques de guerras e soldados do Exército
contra os policiais na frente do palácio, por causa da participação no
movimento reivindicatório. Os policiais eram obrigados a trabalhar 24h sem
serem remunerados, além de prisões e punições arbitrarias. No governo Cássio
Cunha Lima, não houve benefício real para os profissionais da segurança pública
e a policia ainda sofreu com a corrupção. O governo de Ricardo Coutinho está
sendo marcado pela falta de uma política consistente na área de segurança”.
Ao término da explanação, Astronadc agradeceu a oportunidade, se colocou
à disposição para lutar pelos direitos dos policiais e apresentou uma pauta com
várias sugestões para melhorar o desempenho dos que integram a Polícia Militar
da Paraíba.
Confira:
1.
Carta/Nota de repudio à sociedade paraibana contra apolítica continuísta
do governo atual na área da segurança pública, que reforça, traduz e permanece
com as velhas práticas;
2.
Reposição e reajuste salarial à categoria policial;
3.
Revisão, aperfeiçoamento pedagógico e curricular na formação dos
policiais;
4.
Extinção do RDPM-Regulamento Disciplinar da PM e institucionalização do
Código de Ética para a Polícia Militar à luz da Constituição Federal de 1988.
Extinção das prisões disciplinares;
5.
Política Habitacional para os policiais militares;
6.
Respeito e cumprimento nas promoções dos policiais, bem como
transparência e aperfeiçoamento nos critérios envolvendo essas promoções;
7.
Institucionalização e efetivação do Programa Paraíba Unida pela Paz por
parte do governador do Estado;
8.
Respeito ao direito e livre exercício do voto. O policial Militar tem o
direito de votar nas eleições como cidadão e participar da vida democrática do
país.
9.
Institucionalização e efetivação da lei que cria a Corregedoria Única da
Polícia e seus recursos orçamentários e humanos para sua concretização;
10. Apresentação,
institucionalização e efetivação do Plano Estadual de Segurança Pública para a
Paraíba, que já foi construído mais o governador não apresentou e nem
institucionalizou. O plano prevê salário digno e condições de trabalho para os
policiais, além de apresentar uma ampla política de segurança para toda a
sociedade paraibana;
11. Institucionalização e
efetivação da lei que cria o Sistema de Inteligência na PB no combate efetivo e
forte contra o crime organizado e a violência. Bem como as condições para a
polícia trabalhar com inteligência contra a criminalidade no estado;
12. Composição,
efetivação e manutenção do Conselho Estadual de Segurança Pública da Paraíba. O
atual governador desrespeita a lei que criou o conselho. O conselho é um
importante instrumento contra a criminalidade, contra a violência, contra as
deficiências da polícia;
13. A união, inteiração e
militância dos segmentos policiais progressistas junto aos movimentos sociais e
populares, as composições de direitos humanos e todas instituições e
profissionais de segurança pública na luta e na construção de uma verdadeira
política Pública de Segurança e Defesa Social para a Paraíba. Debatendo temas
como educação, saúde, segurança pública, fim da violência social e
institucional, fim da corrupção, lutas por direitos, mobilidade urbana,
violência contra os jovens, mulheres, negros, índios, GLBTs, professores,
trabalhadores e trabalhadoras em geral. O povo é a polícia e a polícia é o
povo.
14. Iniciarmos o
movimento reivindicatório já no mês de janeiro e cumprir um agenda positiva,
programática até o final do ano de 2014. Com organização, planejamento. Com
formação política e de opinião. Num coletivo maior, muito além do militarismo.
Buscando na sociedade a parceira certa pelas lutas democráticas, por todos os
profissionais de segurança pública, por cidadania e por uma política pública de
segurança cidadã.
Assessoria
de Imprensa
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