CEDH e entidades da PM conseguem
libertar cabo do Corpo de Bombeiros preso em JP
O
Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH/PB) foi informado que o militar Cb
BM Ridears do Nascimento, da cidade de Bayeux, se encontrava preso no quartel
do Comando Geral dos Bombeiros de João Pessoa após ter sido questionado, por um
oficial, se estaria embriagado durante o serviço.
O
militar negou. Não convencido, o oficial deu voz de prisão e o autuou em
flagrante sob a alegação de estar com sintomas de embriagues.
Astronadc
Pereira (sargento Pereira), que é membro do CEDH, sugeriu e foi constituída uma
comissão composta pela Associação dos Cabos e Soldados, Clube dos Oficiais da
Polícia Militar, Caixa Beneficente da PM, advogados e familiares para fazer uma
visita a Ridears do Nascimento. O promotor de justiça Marinho Mendes Machado, que
também integra o conselho, acompanhou a comissão.
Na
conversa com Ridears ele confirmou a prisão. Disse que não foi feito exame de
alcoolemia e que as testemunhas negaram a acusação. Muito abalado, o militar
chorou e pediu que a comissão o ajudasse.
Depois
de ouvir o desabafo da família da vítima, a comissão entrou em contato com o
subcomandante do Corpo de Bombeiros para solicitar que, enquanto a ordem
judicial de liberdade não saísse, o militar ficasse num alojamento fora do
xadrez.
Sargento
Pereira aproveitou para dar um recado ao subcomandante: “Nós consideramos a
prisão a última das instancias, a mais degradante, e a mais humilhante.
Portanto, consideramos uma grave violação de direitos humanos”.
“Peço
que este comando disponibilize apoio psicológico ao militar bombeiro e à sua
família, já que todos estão sofrendo com fato", complementou,
acrescentando que, nestes casos, os profissionais da segurança não deveriam ser
presos e sim ter recurso para tratamento e atendimento psicossocial.
O subcomandante
acatou a solicitação e a comissão solicitou que o Corpo de Bombeiros
disponibilizasse um profissional da saúde para atender a família do militar.
Objetivando
se inteirar do processo, no dia seguinte a comissão visitou a auditoria
militar. O CEDH entrou em contato com o promotor militar que optou pela liberdade do militar. As 14h a juíza da
Auditoria Militar determinou, por escrito, que o cabo fosse colocado em
liberdade.
Assessoria de
Imprensa
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