Astronadc Pereira, é policial militar, Psicologo e professor. Mais conhecido como Sargento Pereira.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

OAB da Paraíba concede Prêmio de Direitos Humanos a Astronadc Pereira

Paraíba, 13/12/2013
OAB da Paraíba concede Prêmio de Direitos Humanos a Astronadc Pereira


Astronadc Pereira, conhecido popularmente como Sargento Pereira, foi agraciado pela Ordem dos Advogados do Brasil (Seccional Paraíba), terça-feira (10/12) - Dia Internacional da Declaração Universal dos Direitos Humanos - com o Prêmio Estadual de Direitos Humanos, representado por uma estatueta com um golfinho – símbolo da advocacia.
 A homenagem, uma iniciativa a Comissão de Direitos Humanos da OAB-PB, é conferida pelos advogados militantes dos direitos humanos aos que se destacam na defesa dos direitos à vida plena, e que por causa da efetiva atuação sofrem violência, ameaça, discriminação e assédio moral, ou seja, ultrapassam barreiras na luta em prol do combate aos direitos humanos.
 Ao receber a honraria, Astronadc Pereira falou da violência que alcança os jovens negros, os grupos GLBTs, as mulheres, os povos indígenas, trabalhadoras e trabalhadores. Apontou para a necessidade de uma mídia democrática e mais ética, e também denunciou a criminalização contra os movimentos sociais e a juventude.
 Confira a fala de Astronadc Pereira na íntegra:
“No Capital pensado do Homem Sapiens, a violência sempre esteve e estar presente. Vivenciamos uma era do não pensar, do não compartilhar. Refiro-me a era do mecanicismo, uma doutrina que busca apenas o controle. Após a segunda Grande Guerra Mundial, tivemos o julgamento de Nuremberg, onde houve uma busca incessante pela Justiça e pelas reparações de graves violações de Direitos Humanos. Não muito distante, a nossa aldeia Global acompanhou a luta e o fim do apartheid. Um regime de segregação racial, que separava brancos e negros, e que o método era a violência extrema contra os negros em detrimento de uma minoria branca. Através do líder maior Nelson Mandela. A luta naquele momento era pela liberdade, justiça e direitos humanos”.
“Estes momento da história da humanidade nos faz refletir: qual é o sentido da nossa existência na terra(?)Lembrando de Paulo Freire, quando ele coloca a necessidade de libertarmos o oprimido e também o opressor, podemos observar que ao libertamos o opressor damos sentido a vida do oprimido e também do opressor. Este sentido buscado por todos nós, desde muito tempo, chama-se felicidade. Platão, Freud, entre outros, já falavam da necessidade de entendermos o sentido da vida, através da busca pela felicidade”.
O que não tem sentido é a insensibilidade, a violência e a corrupção. A corrupção é a mãe de todas as violências. A violência contra os encarcerados, contra os jovens negros, contra as mulheres, a violência contra grupos GLBTs, contra os povos indígenas, violência contra trabalhadoras e trabalhadores, contra jornalistas, violência contra os povos remanescentes quilombolas.
Uma mídia que reforça a violência e a truculência policial. Violência esta que sempre é desferida contra os pobres, negros e que residem em comunidades carentes.
Há um processo violento de criminalizar os movimentos sociais e criminalizar os jovens. Há também violência contra profissionais de segurança pública, que tem seus direitos desrespeitados e muitos sofrem assédio moral. Havendo ainda os tribunais militares que funcionam como tribunais de exceções. A instituição policial militar no Brasil impõe regras e normas institucionais aquém da luz da Constituição Federal, que oprime seus profissionais.
No Brasil o sistema político é representativo. Uma política representativa, fundamentada na hipocrisia, no pragmatismo, no fisiologismo, no utilitarismo, na falta de ética. Esta política não nos representa mais. Os movimentos e manifestações do mês de junho deu um recado claro e direito a este sistema político representativo. Queremos uma educação de qualidade; queremos uma saúde de qualidade; queremos o fim da corrupção, queremos muito mais, queremos um Brasil melhor. Queremos participar da política. Queremos uma política participativa!!!.
Em 2014, o povo estará nas ruas. Lutaremos por uma segurança pública de qualidade, lutaremos por reformas profundas nas estruturas do estado brasileiro. Companheiras e Companheiros, amigos militantes, as palavras de ordem de 2014 serão: Mobilização, Educação, Reformas, Política e Democracia participativa.
A revolução passa por cada pessoa, por cada militante dos direitos humanos. Uma revolução nas mentes e corações em busca de uma grande transformação social para o nosso amado Brasil.
Muito Obrigado.
Assessoria de Imprensa

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