Astronadc Pereira, é policial militar, Psicologo e professor. Mais conhecido como Sargento Pereira.

sábado, 3 de maio de 2014

Pereira manifesta apoio a motoristas e cobradores que lutam para garantir seus direitos






Astronadc Pereira (sargento Pereira) manifestou apoio às lideranças do movimento que lutam pelos direitos dos que operam o transporte coletivo na grande João Pessoa. Ele representou o Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH/PB), quarta-feira (30/4), na mobilização de motoristas e cobradores que aconteceu no Parque Solon de Lucena (Lagoa).

Os profissionais exigem que os empresários respeitem seus direitos trabalhistas. Também querem mudar a atual presidência do sindicato da categoria que, segundo afirmaram, está à frente da direção faz vinte anos.

A participação de Pereira no evento reivindicatório se deu a partir de uma visita que os representantes do movimento fizeram ao CEDH.

Confira pronunciamento do sargento Pereira no ato do último dia 30:

As empresas e seus proprietários precisam respeitar a saúde e os direitos das trabalhadoras e trabalhadores que operam os transportes coletivos em João Pessoa, já que estes estão expostos à violência urbana e social e à doenças psicossomáticas. Os riscos de acidentes são grandes. Além do mais, diariamente vivem submetidos ao calor, ruídos, vibração e trepidações, aumentando, assim, o risco de abalo na pressão arterial, tonturas e fadiga muscular.

Os profissionais também vivem sujeitos a riscos químicos como poeira, monóxido de carbono e ao pó do asfalto. É uma atividade extremamente estressante. Há um forte sentimento e sensação de medo. Medo dos assaltos e da violência dentro dos veículos que eles operam.

Segundo pesquisa acadêmica, 85% destes profissionais são casados. Infelizmente, as empresas e seus empresários não disponibilizam condições necessárias de trabalho. Falta manutenção de serviços e veicular. É um trabalho solitário. Os motoristas e cobradores sofrem inúmeras pressões dos usuários e convivem com o temor de serem assaltados ou mortos.

Há denuncias de que algumas empresas obrigam os motoristas e cobradores a pagarem os valores que por ventura for levado durante um assalto ao ônibus. Faltam banheiros e locais de descanso. Tem, ainda, a imposição da dupla função, ou seja, o motorista é obrigado a trabalhar também de cobrador.

A jornada de serviço estabelecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT ), da qual o Brasil é signatário, é de 44 horas. Tem informação de que quando este horário é ultrapassado não é devidamente remunerado.

A convenção coletiva de trabalho de 2008/2009 estabelece que quando a jornada de trabalho semanal exceder às 44 horas ele deverá ser remunerada, exclusivamente, com um percentual adicional de 50% sobre o valor da hora normal.

Todos estes transtornos podem acarretar em um perigo eminente para transeuntes e usuários de transporte coletivo. Outro detalhe que chama a atenção é que ao terminar o serviço essas pessoas ficam na rua até altas horas da madrugada para, a pé ou de carona, poderem retornar as suas casas. Isto ocorre por que as empresas não disponibilizam transportes.

Precisamos apoiar as legitimas reivindicações de motoristas e cobradores. O Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH/PB) esta à disposição e atento, e não hesitara em prestar solidariedade acompanhando trabalhadoras e trabalhadores que tiverem seus direitos desrespeitados.

Assessoria de Imprensa

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